Arte & Cultura

Algumas tendências estiveram muito presentes neste Paris Photo. A primeira delas é que a fotografia realmente entrou nas galerias de arte contemporânea de peso, ou seja, Paris Photo parece um pouco com a FIAC… Fui com os fotógrafos Glaucia Nogueira e Gerson Lirio, com quem troquei muitas ideias (e, fora uma ou outra minha, as fotos abaixo são todas dele).

O ponto positivo é a qualidade dos fotógrafos expostos; o ponto menos positivo é a falta de talentos jovens, de criatividade e de “surpresa”.  Isto decorre do fato que a maioria das galerias estão voltadas para os aspectos comerciais e não arriscam expor talentos não confirmados.

O melhor desta amostra inteira, está no primeiro andar da feira, onde tem uma exposição chamada PRISMAS com a curadoria incluindo o melhor das galerias participantes do Paris Photo. De longe, o que preferi ! Douglas Gordon na Galeria Until Then, Isey Suda ou até Caio Reisewitz na Galeria Bandan-Pinel, entre outros.

Pudemos destacar pontos comuns nos diversos stands, confirmando certas as tendências:

  • Portraits contemporâneos com atitude de divagação dos personagens, coloridos com “statement” forte (étnico ou social) ou o tipo “blur” com um véu ou um objeto entre o modelo e o fotógrafo, que tira a definição. Alias, o premio Ricard escolheu o fotógrafo Omar Victor Diop, que exemplifica uma delas.
  • A volta do tratamento de fotos antigas, repaginadas e com tratamento contemporâneo. Neste caso, gostei do trabalho de Uri Gersuni:

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  • O enfoque em cenas e fatos com cunho social ou de atualidades dramáticas do mundo, quase um foto-jornalismo com um toque de arte.

 

A destacar a presença da Editora Madalena que todos os anos está presente, dando a oportunidade a fotógrafos brasileiros de apresentar seus trabalhos, como foi o caso do lançamento do livro de Lucas Lenci:

 

2 Comentários

  1. Comentários precisos e com embasamento. E exposição excelente, com várias vertentes da fotografia, desde a clássica, até contemporânea e trabalhos conceituais.
    Caberiam mais fotos expontâneas, os snap shots de fotógrafos “mortais”? Talvez, ou talvez esta proposta não tenha sido abordada .

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